SETEMBRO

OS PREPARATIVOS DA FESTA

Antes da Festa

Na casa antiga, o tempo parecia andar mais devagar.

As janelas estavam abertas, deixando entrar o cheiro doce da terra molhada e o rumor distante das conversas que ainda não tinham começado.

A mãe passava o pano sobre a mesa com a delicadeza de quem prepara um altar. Cada prato, cada copo, cada talher era colocado com a precisão de um gesto antigo, herdado de outras festas, de outras mãos.

O pai, no quintal, pendurava as luzes como quem pendura estrelas — uma a uma, com cuidado, como se o céu dependesse disso.

As crianças corriam entre os móveis, rindo alto, sem saber que estavam a construir memórias.

E no ar, pairava uma expectativa leve, quase invisível, como o pó que dança nos feixes de luz.

A festa ainda não tinha começado, mas já existia. Estava nos olhos que se cruzavam em silêncio, nos cheiros que se misturavam na cozinha, no som do rádio antigo que tocava uma canção que todos conheciam sem saber como. Era ali, naquele instante suspenso, que morava a verdadeira magia: nos preparativos, no antes, no quase.

Assim, preparar uma festa é, em última análise, um ato de generosidade. É oferecer tempo, espaço e atenção ao outro. É criar, com esmero, um cenário onde a alegria possa acontecer.

 

Google Gemini (acesso em 24 de junho de 2025)

Começar um novo ano letivo é como abrir um livro em branco, com páginas ainda por escrever.

É tempo de festa — não daquelas com balões e serpentinas, mas da festa silenciosa que acontece no coração de quem ensina e de quem aprende.

Festejar o novo ano é celebrar a esperança: a esperança de que cada aluno descubra o prazer de aprender, e que cada professor reencontre o encanto de ensinar.

É celebrar os reencontros e os recomeços, os lápis afiados, os cadernos limpos, os olhos curiosos.

Porque educar é um ato de fé no futuro. E cada novo ano letivo é uma promessa: de crescimento, de descoberta, de transformação.

Que a escola seja, então, um lugar de festa — onde o saber dança, a amizade floresce e o tempo se enche de sentido.

 

Ruben Alves (adaptado)

Lindo é viver

e aproveitar

as coisas simples

e belas que a vida

tem a nos oferecer.

É acordar todos os dias

com esperança e sem

medo de ser feliz!

 

Rosangela Zorio

Celebrar é mais do que brindar.

É escolher com quem queremos dividir o riso, o tempo, a memória.

É reunir em volta da mesa não apenas rostos conhecidos,

mas corações que nos acolhem, que vibram com nossas conquistas

e nos sustentam nas quedas.

 

Festejar é um ato de afeto.

Não se trata do lugar, da música ou da decoração,

mas da presença que nos toca, que nos entende, que nos transforma.

Queremos celebrar com quem nos olha nos olhos e vê além.

Com quem dança com a alma, mesmo que o corpo esteja cansado.

Com quem faz do silêncio uma companhia e da palavra um abraço.

 

Porque no fim, o que permanece não é o que foi servido,

mas com quem partilhamos o sabor da vida.

Celebrar é escolher estar junto.

E essa escolha é o maior presente.

 

Ana Ribeiro 

O lugar onde celebramos diz muito sobre o que valorizamos. Não é preciso ser um salão elegante, nem um destino exótico. Às vezes, o melhor lugar para celebrar é aquele que carrega história — uma casa cheia de lembranças, um jardim onde já rimos antes, uma varanda onde o tempo parece passar mais devagar.

Queremos celebrar onde nos sentimos à vontade para sermos nós mesmos. Onde o ambiente convida ao encontro, não ao desempenho. Onde o espaço acolhe, não impressiona. Pode ser ao redor de uma mesa simples, com comida feita em casa, ou debaixo de um céu aberto, com os pés descalços e o coração leve.

O lugar ideal para celebrar é aquele onde a presença das pessoas faz sentido. Onde o cenário não rouba a cena, mas a completa. Porque, no fim, o que torna um lugar especial não é o que ele tem, mas o que ele permite viver.

 

Clara Ribeiro

Celebrar é brindar à alegria da existência.

A cada amanhecer, renascemos na festa silenciosa da vida.

Celebrar a vida é um dom profundamente humano, 

pois só quem pensa, sente e sonha é capaz de reconhecer o milagre de estar aqui.

E haverá presente maior para uma celebração do que o simples facto de existir?

 

Therezinha Barros Da Silva (texto adaptado)